terça-feira, 24 de dezembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
(Afoxé-Ijexá) & o Candomblé de Rua
La se vem o Candomblé de Rua, pois somente a
ele pertence o prazer de conduzir essas três belíssimas imagens, acessadas da fan-page: (Ramsestencil ... stencil ... sticker... design). Brinquedo-Dançante que mostra a reconstituição do ritual dos terreiros.
Todo Afoxé é a moldura emblemática que faz do ritmo Ijexá Dança &
Devoção, na verdade, Benção. Invade de emoção sensível o (im)possível do
amor e ainda é puro desjejum. Agrada (Exu-Oxum-Logun).
As belíssimas imagens são da Página do Facebook do Ramses: Ramsestencil ... Stencil ... Sticker ...Desingn.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Papete - Boi da Lua
Papete - Boi da Lua
Bumba-meu-Boi é brinquedo-dançante. Tão
profundo & tocante que somente o caminho das águas sustenta.
Esse caminho das águas re(alimenta) o universo sob a forma de natureza. Delicadeza do meu Ori
& Nobreza do meu jovial Orixá que – feliz – se manifesta: eu vim "trazer esse boizinho para alegrar sua festa”, pois então “arreda do caminho pra meu boi passar, ele
vem de longe ô Sá dona, vem do Ceará”.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
Geledes Instituto da Mulher Negra
Racismo institucional faz da população negra principal vítima de homicídios
Categoria: Violência Racial
Publicado em Sexta, 18 Outubro de 2013
Segundo
estudo do Ipea, violência contra negros se expressa principalmente nas ações
das polícias; a cada três assassinatos, dois atingem pessoas desse grupo.
por Jorge Wamburg.
Brasília –
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no
Brasil, divulgado hoje (17), revela que a possibilidade de um adolescente negro
ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que um branco.
Segundo o
estudo, existe racismo institucional no país, expresso principalmente nas ações
da polícia, mas que reflete "o desvio comportamental presente em diversos
outros grupos, inclusive aqueles de origem dos seus membros".
Intitulado
Segurança Pública e Racismo Institucional, o estudo faz parte do Boletim de
Análise Político-Institucional do Ipea e foi elaborado por pesquisadores da
Diretoria de Estudos e Políticas do Estado das Instituições e da Democracia
(Diest). "Ser negro corresponde a uma população de risco: a cada três
assassinatos, dois são de negros", afirmam os pesquisadores Almir Oliveira
Júnior e Verônica Couto de Araújo Lima, autores do estudo.
Na
apresentação do trabalho, em entrevista coletiva na sede do Ipea em Brasília, o
diretor da Diest, Daniel Cerqueira, que, do Rio, participou do evento por meio
de videoconferência, apresentou outros dados que ratificam as conclusões da
pesquisa sobre o racismo institucional.
Segundo ele,
mais de 60 mil pessoas são assassinadas a cada ano no Brasil, e "há um
forte viés de cor/raça nessas mortes", pois "o negro é discriminado
duas vezes: pela condição social e pela cor da pele". Por isso, questionou
Cerqueira, "como falar em preservação dos direitos fundamentais e
democracia" diante desta situação?
Para
comprovar as afirmações, Cerqueira apresentou estatística demonstrando que as
maiores vítimas de homicídios no Brasil são homens jovens e negros, "numa
proporção 135% maior do que os não negros: enquanto a taxa de homicídios de
negros é de 36,5 por 100 mil habitantes. No caso de brancos, a relação é de
15,5 por 100 mil habitantes".
A cor negra
ou parda faz aumentar em cerca de 8 pontos percentuais a probabilidade de um
indivíduo ser vítima de homicídio, indicam os dados apresentados pelo diretor
do Diest. Isso tem como consequência, segundo Daniel Cerqueira, uma perda de
expectativa de vida devido à violência letal 114% maior para negros, em relação
aos homicídios: "Enquanto o homem negro perde 1,73 ano de expectativa de vida
(20 meses e meio) ao nascer, a perda do branco é de 0,71 ano, o que equivale a
oito meses e meio."
Para o
pesquisador Almir de Oliveira Júnior, como dever constitucional, o Estado
deveria fornecer aos cidadãos, independentemente de sexo, idade, classe social
ou raça, uma ampla estrutura de proteção contra a possibilidade de virem a se
tornar vítimas de violência. "Contudo, a segurança pública é uma das
esferas da ação estatal em que a seletividade racial se torna mais
patente", disse Oliveira Júnior.
De acordo
com as estatísticas sobre a violência em que o estudo se baseou, esse é um dos
fatores que explicam por que, a cada ano, "uma maior proporção de jovens,
cada vez mais jovens, é assassinada", acrescentou o pesquisador. Segundo
ele, enquanto nos anos 80 do século passado, a média de idade das vítimas era
26 anos, hoje não passa de 20.
Assista à
reportagem da TVT sobre a violência contra jovens negros nas periferias.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Bumba-Meu-Boi
Bumba-meu-Boi de Cururupu - Sotaque Costa de Mão!
O NOSSO
TEATRO É AFRICANO: INTRODUÇÃO AO TEATRO BRASILEIRO
Henrique Cunha Júnior - Maria Cecília Félix Calaça - Wellington Pará
RESUMO: As
Africanidades e Afrodescendências brasileiras ainda não foram perfeitamente
estudadas e nem mesmo compreendidas pelo processo de formação acadêmica
brasileira. Em muitos setores do conhecimento continuamos trabalhando as
tradições gregas como fundamento e as portuguesas com fonte da cultura
brasileira sem observar a importância cultural e a longevidade histórica da
matriz africana. As culturas africanas se desenvolvem e fundam tradições
civilizatórias culturais pelo menos 3000 anos antes das realizações gregas.
Sendo também que muito dos campos culturais visto no Brasil como de cultura
portuguesa sendo esta possuem antecedentes históricos no continente africano e
muitas vezes aparecem na península ibérica devido as presença de africanos
vindos das regiões da Mauritânia e Mali e considerados de forma genérica como
mouros. Mesmo os marcos e signos do cristianismo são sempre associados a
Portugal omitindo a existência de cristianismos antigos e ortodoxos no
continente africano, como também a conversão de reinos africanos e cristãos antes
da colonização portuguesa no Brasil. Havendo cultura crista na bagagem dos
africanos escravizados no Brasil por esta caminho. Todas as sociedades, em
todas as épocas históricas, desenvolveram as suas formas de teatro, sendo assim
a diversidade do teatro de cultura africana é grande e chega ao Brasil de
diversas formas. O nosso argumento de partida para o teatro brasileiro são as
máscaras religiosas africanas e os cortejos africanos. Os cortejos africanos
que dão origem aos catolicismos de preto como as: congadas e reisados. Formas
teatrais de atuação,
como também resultam nos cortejos carnavalescos na sociedade brasileira. O
nosso teatro é africano é uma introdução às formas teatrais dos teatros de
marionetes, bumba-meu-boi, e atos cênicos das religiões de matriz africana.
Fazem parte de pesquisas sobre a transmissão da unidade cultural africana na
sociedade brasileira e da formação de professores em face da lei 10.639/2003.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
IV Seminário Artefatos da Cultura Negra no Ceará - (2013)
Convite!
O IV Seminário Artefatos da Cultura Negra no Ceará justifica-se pela necessidade de se aprender e ensinar a História da África e dos Afrodescendentes no Brasil em todas as suas dimensões da Educação, tendo como base norteadora as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação e para o Ensino de Historia e Cultura Afrobrasileira e Africana.
As ações propostas tem como relevância a formação de profissionais de Educação, estudantes e demais participantes/pesquisadores acerca dos diversos aspectos da História e da Cultura da População Negra em nível nacional e local evidenciando os aspectos materiais e imateriais.
Axé!
Prof. Dr. Henrique Cunha.
Programação Geral – Fortaleza & Cariri
http://artefatosdaculturanegranoceara.blogspot.com.br/p/programacao-cariri-crato-fortaleza.html
O IV Seminário Artefatos da Cultura Negra no Ceará justifica-se pela necessidade de se aprender e ensinar a História da África e dos Afrodescendentes no Brasil em todas as suas dimensões da Educação, tendo como base norteadora as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação e para o Ensino de Historia e Cultura Afrobrasileira e Africana.
As ações propostas tem como relevância a formação de profissionais de Educação, estudantes e demais participantes/pesquisadores acerca dos diversos aspectos da História e da Cultura da População Negra em nível nacional e local evidenciando os aspectos materiais e imateriais.
Axé!
Prof. Dr. Henrique Cunha.
Programação Geral – Fortaleza & Cariri
http://artefatosdaculturanegranoceara.blogspot.com.br/p/programacao-cariri-crato-fortaleza.html
domingo, 29 de setembro de 2013
IJEXÁ - A Música Sacra dos Terreiros
A MÚSICA SACRA DOS TERREIROS - O IJEXÁ
Dizem os mais velhos das casas de candomblé que os atabaques conversam
com os homens. Cada toque guarda um determinado discurso, passa
determinada mensagem, conta alguma história. O tocador dos tambores
rituais precisa conhecer o toque adequado para cada orixá, vodum ou
inquice. Se o drama representado pela dança de um orixá se refere ao
combate, o toque é um - em geral com características marciais. Se a
ideia é contar através da dança sacra uma passagem de paz, o toque é
outro. Há toques para expressar conquistas, alegrias, tristezas,
cansaço, realeza, harmonia, suavidade, conflitos... Não se deve, sob
nenhuma hipótese, bater para um determinado orixá um toque que não se
relacione às suas características.
É importante lembrar que um xirê, a festa de candomblé, é o momento em que os orixás baixam nos corpos das iaôs para representar - através da dança, dos trajes e emblemas - passagens de suas trajetórias. Através da representação dramática, a comunidade se recorda do mito e dele tira um determinado modelo de conduta. As danças, ao contar histórias protagonizadas pelos orixás, servem de exemplo para os membros do grupo. Ritualiza-se o mito em música e dança, crença e arte, para que ele continue vivo para a comunidade, cumprindo assim sua função modelar.
De todos os toques sacros do candomblé de Ketu, o Ijexá é provavelmente o
mais suave. Vale esclarecer, para inicio de conversa, que a palavra
Ijexá origina-se do vocábulo Ijèsá, uma subdivisão da etnia
iorubá e o nome da cidade nigeriana que é considerada o berço do grupo.
Nessa cidade se cultuam sobretudo Oxum e Logun-Edé - e o Ijexá designa o
ritmo das danças principais desses orixás. Tocam-se, também, ijexás
(ainda que não seja o ritmo predominante) para Exu, Osain, Ogum, Oyá,
Obá, Oxalá, Orunmilá ...
O Ijexá é apresentado nos terreiros somente com as mãos, dispensando-se o
uso dos aguidavis (as baquetas de percussão). O ritmo é suave e
cadenciado, emoldurando a dança dengosa e sensual de Oxum e Logum. O gã
(agogô) acompanha sempre os atabaques, marcando o compasso.
De ritmo dos terreiros, o ijexá acabou também chegando ao carnaval, a
partir da criação dos afoxés baianos (cortejos carnavalescos de adeptos
do candomblé) no final do século XIX. Algumas pessoas e até mesmo alguns
livros fazem certa confusão ao citar o afoxé como um ritmo. O afoxé é o
cortejo - o ritmo que emoldura o cortejo é o ijexá. A expressão afoxé,
inclusive, vem do iorubá àfose (encantação pelo som, pela palavra) . Os cubanos usam a expressão afoché
para designar o ato de enfeitiçar alguém com o pó da magia. Ao toque
do Ijexá, os antigos afoxés buscavam encantar os concorrentes,
desfilando pelas ruas em formato processional. O afoxé Filhos de Gandhi,
fundado por ogãns de candomblé na década de 1940, até hoje se
apresenta no carnaval ao som do ijexá - e começa sempre o cortejo
tocando para Logun-Edé.
Os que já viram um xirê certamente se recordam das danças de Oxum e seu filho Logun-Edé, simulando o banho vaidoso nas águas dos rios, enquanto se miram no espelho e seduzem a todos de forma faceira e, vez por outra, enganadora. O toque do Ijexá busca descrever, por isso, a cadência sedutora e feiticeira das águas.
O mestre Nei Lopes, referência fundamental para quem se interessar pelas culturas africanas e o Brasil, compôs no início dos anos 80 um ijexá em homenagem a Logun-Edé, magistralmente gravado por Clara Nunes. É um exemplo contundente da importância dos ritmos sacros para a música brasileira. A gravação abaixo, garimpada no youtube, é interessante porque começa com o ijexá tocado nos terreiros e abre para a gravação da guerreira, a grande Clara:
Os que já viram um xirê certamente se recordam das danças de Oxum e seu filho Logun-Edé, simulando o banho vaidoso nas águas dos rios, enquanto se miram no espelho e seduzem a todos de forma faceira e, vez por outra, enganadora. O toque do Ijexá busca descrever, por isso, a cadência sedutora e feiticeira das águas.
O mestre Nei Lopes, referência fundamental para quem se interessar pelas culturas africanas e o Brasil, compôs no início dos anos 80 um ijexá em homenagem a Logun-Edé, magistralmente gravado por Clara Nunes. É um exemplo contundente da importância dos ritmos sacros para a música brasileira. A gravação abaixo, garimpada no youtube, é interessante porque começa com o ijexá tocado nos terreiros e abre para a gravação da guerreira, a grande Clara:
AFOXÉ: CORTEJO - FÚRIA - FESTA
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